sexta-feira, maio 12, 2006

Coruche fecha três escolas

As escolas do primeiro ciclo Gaspar Alves (Branca), da Malhada Alta e de Olheiros, todas no concelho de Coruche, não vão abrir no próximo ano lectivo.
A decisão da Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), sustentada no reduzido número de alunos desses estabelecimentos, foi discutida na reunião camarária de Coruche de 3 de Maio.
A escola Gaspar Alves tem apenas quatro alunos, enquanto a da Malhada Alta e de Olheiros têm cinco alunos cada. No próximo ano lectivo as crianças que frequentavam a Gaspar Alves terão aulas na escola da Branca, a cerca de quatro quilómetros. Ao passo que os alunos da escola da Malhada Alta transitam para o recinto escolar do Rebocho e as de Olheiros para a escola da Erra.
Sem poder de decisão na matéria, a Câmara de Coruche assumiu a situação com a justificação de que os alunos terão um melhor processo de sociabilização em escolas com mais crianças.
Os vereadores da CDU no executivo municipal votaram contra a proposta. Ricardo Raposo afirmou que o encerramento das escolas também prejudica os alunos . “Desde o maior distanciamento dos alunos às suas casas e famílias, as deslocações maiores no trajecto casa-escola-casa e o choque de adaptação à mudança de escola”, opinou.
O presidente da câmara, Dionísio Mendes (PS), considerou que os alunos sofreram choque maior quando saíram do pré-escolar para o primeiro ciclo de ensino básico em escolas de outras localidades.
Defendeu ainda que o ministério da Educação deve suportar os custos acrescidos com os transportes dos alunos para outras escolas e que será informado dessa reivindicação da autarquia.
“Deve também disponibilizar linhas de financiamento do novo Quadro de Referência Estratégico Nacional e de outros âmbitos para a criação de centros escolares e para que as escolas básicas integradas do concelho tenham condições idênticas”, salientou Dionísio Mendes.
Os quatro vereadores do PS votaram favoravelmente a deliberação. Os três eleitos da CDU votaram contra por considerarem que, apesar da posição da autarquia não ter influência na decisão do ministério de Educação, o executivo se devia mostrar favorável à continuidade daqueles equipamentos escolares.

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